Confira qual é a história do mascote do Sport Club Internacional, um símbolo importante para a equipe dentro e fora dos gramados. O Saci-Pererê é um dos mascotes mais tradicionais de todo o futebol brasileiro e isso não é dúvida, tendo em vista que, além da aparência, há uma história de luta por igualdade racial que acompanha a figura mitológica e o time.
“Não há como dissociar a história do Internacional do seu mascote, o Saci-Pererê. Ambos cresceram e se desenvolveram juntos”, explica o time gaúcho em publicação em seu site, relembrando os primórdios da figura mitológica brasileira e também as suas raízes que acabam sendo ligadas diretamente com o Clube do Povo por diversos motivos importantes.
Início do Saci e associação com o Internacional
Tudo começou lá em 1909, ano de fundação do Inter, quando a compositora Chiquinha Gonzaga escreveu a marcha “O Saci-Pererê”. Nove anos depois, em 1917, Monteiro Lobato publicava o livro “O Saci-Pererê: resultado de um inquérito”, no qual colheu depoimentos de leitores do jornal Estado de S. Paulo para transformar a história oral da lenda do saci em história escrita.
Já alguns anos depois, lá em 1958, o cartunista Ziraldo lança “A Turma do Pererê”, na revista O Cruzeiro – em 1960, ela seria a primeira revista em quadrinhos assinada por Ziraldo. O personagem figuraria ainda por anos na televisão nas histórias do Sítio do Picapau Amarelo. A ligação com o Colorado, inclusive, vem de uma importante questão racial.
“O Inter se tornou uma potência estadual e nacional nos anos 40, com o Rolo Compressor, e no mesmo período surgiu o mascote negro colorado que apronta travessuras e chega em redemoinhos. A história do combate ao racismo no futebol gaúcho é diretamente ligada ao Internacional – em 1928, Dirceu Alves vestiu a camisa alvirrubra, e dirigentes colorados contrataram jogadores como Tupan no final dos anos 20, antes do profissionalismo ser adotado oficialmente”, relembrou o clube.